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New Coimbra Fort

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19°55′14″S 057°47′32″W / 19.92056°S 57.79222°W / -19.92056; -57.79222

New Coimbra Fort
Forte Novo de Coimbra
19th century drawing of the fort
TypeBastion fort
Site information
Controlled byBrazilian Army
WebsiteBrazilian Army page
Site history
BuiltJoseph I of Portugal

The New Coimbra Fort, also known as Fort Portocarrero or simply Fort Coimbra, is a Brazilian military fortification on the Paraguay River, strategically located near the border with Bolivia and Paraguay in Corumbá, in the state of Mato Grosso do Sul, in Brazil. The fort was founded in September 13 1775, something that had been planned by the Portuguese colonial authorities ever since the new borders with Spain had been fixed in the Treaty of Madrid in 1750.

History

Background

Brazil's western central region, Mato Grosso, had been explored since the early 18th century by bandeirantes from São Paulo and Jesuit missionaries from land which belongs to Paraguay nowadays. The border between the Spanish and Portuguese colonial empires in the region needed to be marked, and the Portuguese solution was the New Coimbra Fort, to be built along the lines of the Spanish presidios of the time.

When the first colonial captain-general to the region, António Tavares, arrived in 1751, he started to build up an administration, and to consolidate plans for defense and further expansion; by 1772, when the captaincy's fourth governor, Luís Pereira e Cáceres [pt], arrived to take power, these were already somewhat established. He soon determined that the planned fort in the Paraguay River be built. Besides the previously planned border demarcation purpose, it would also serve to inhibit the frequent raids by the Payaguá indians. Captain Matias Ribeiro da Costa was sent to accomplish this task, with instructions to build the fort somewhere near where the settlement of Porto Murtinho is located today, some 300 kilometers further downriver than where the fort was actually built. The captain's expedition was made up of 245 men in 15 canoes, guided by an elderly indian man. They set off from Cuiabá in 22 July 1775, and founded the fort in September 13 of the same year. It was called the "Presídio de Coimbra".

The New Coimbra Fort

In 1791, due to the bad state of the fort's structure, works were started to renew it, this time using masonry. This was also in part motivated to the Spanish having built Forts Borbon and of San Carlos del Apa [es] in the region. Then captain-general Caetano Montenegro [pt] ordered it to be built "in the edge of the hill, where two great lengths of the Paraguay River present themselves at an obtuse angle, which will be then flanked by the new fort, something the old base wouldn't do."

From 1796 onwards, lieutenant colonel Ricardo Serra [pt], a military engineer and geographer, took charge of the construction. His plans for the fort show the original base besides the new one, which was adapted to its terrain, an irregular star fort. Its walls had loopholes and surrounded the entire fort, meeting its hill's slope as it declined. It had room for two batteries of 8 guns set horizontally, which could fire across each other onto the river. To the southeast, a moat protected the fort from ground assaults. Inside the fort, there was a chapel, an arsenal and quarters for its troops. Ricardo Serra would command the fort until his death in 1809.

In September 1801, the new fort was still being built when an expedition composed of four schooners and two canoes, carrying 600 men, attacked it; they were led by Lázaro de Ribeira [es], the intendant of Paraguay. The fort, though garrisoned by only 42 men, resisted the initial assault and then a 10-day siege, after which the Paraguayans withdrew.

The Paraguayan War

In 1851 the fort's weaponry was improved by the addition of four 24-pounder guns and some smaller 9 and 6 pounder guns

Em 1851 o armamento do forte foi aumentado com quatro peças de calibre 24 libras e algumas de calibres 9 e 6, que jaziam desde 1820 às margens do rio Guaporé, destinadas ao Real Forte Príncipe da Beira, de acordo com informação do Almirante Augusto Leverger, Barão de Melgaço. Obras de reforma e de ampliação foram executadas entre 1855 e 1856.

Na iminência da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), o seu estado era informado ao Presidente da Província:

"A 30 do mês findo cheguei aqui de volta do Forte de Coimbra, para onde fui conduzindo o batalhão de artilharia da Província. Provavelmente V. Exa. terá recebido uma participação circunstanciada do estado daquele Forte, assim como de outras diligências procedidas pelo Exmo. Sr. Comandante das Armas, que comigo aqui regressou no mesmo dia; todavia direi a V. Exa., que não é satisfatório o estado do dito Forte, contudo pode resistir aos navios do Paraguai e defender-se talvez dos seus ataques por terra. O Exmo. Sr. Comandante das Armas determinou alguns melhoramentos e serviços que entende serão de vantagem e pretende fortificar a antiga posição da Marinha em frente ao mesmo Forte (...)."

Somente pela sorte e honra das armas entregaremos o Forte

— Tenente-coronel Hermenegildo Porto Carrero

]

A invasão se materializou quando cinco batalhões de infantaria e dois regimentos de cavalaria a pé, num total de 3.200 homens, armados com doze canhões raiados, uma bateria de trinta foguetes franceses de 24 mm, protegidos por dez embarcações de guerra (entre as quais o Marquês de Olinda, adaptado) sob o comando do coronel paraguaio Vicente Barrios, intimaram o forte a se render (27 de dezembro de 1864). Apesar do comando da praça ser do capitão Benito de Faria, nele se encontrava em visita de inspeção naquele mês, o tenente-coronel Hermenegildo de Albuquerque Porto Carrero, comandante do Corpo de Artilharia de Mato Grosso e do Distrito Militar do Baixo Paraguai, que assumiu, a título eventual, o comando do forte, frente à ameaça. A posição brasileira estava então artilhada com onze peças de bronze de alma lisa em bateria, e mais vinte sem reparos, guarnecido por 125 oficiais e soldados de artilharia a pé, reforçados por cerca de 30 guardas nacionais, alguns guardas de alfândega, meia dúzia de prisioneiros e duas dezenas de índios mansos. Durante dois dias, os combates foram intensos. As esposas e familiares dos oficiais e praças prepararam cartuchos de pólvora, ataduras, e atenderam como possível os feridos. Sem recursos para resistir e distante de reforços, o forte foi evacuado em ordem, na noite de 28 para 29, na canhoneira Anhambaí. O forte (e a bateria fronteira, no Morro da Marinha, cf. BARRETO, 1958:303) permaneceu ocupado pelas forças paraguaias até abril de 1868, quando o abandonaram conduzindo a sua artilharia e tudo o que nele existia.

Findo o conflito, iniciou-se a reconstrução do forte, cujos danos sofridos haviam sido consideráveis, quase perdendo as próprias muralhas sob o fogo da artilharia inimiga. Comandou as obras o Major Joaquim da Gama Lobo d'Eça, por determinação do Governo Imperial. Em 1872, o Major Francisco Nunes da Cunha, que o comandou, procedeu a obras de ampliação, melhorando a defesa pelo lado oeste.

Do século XX aos nossos dias

thumb|276px|Bateria Ricardo Franco (1907): aspecto de um dos canhões Armstrong de 120mm.

Novos melhoramentos se sucederam, inclusive na artilharia, no biênio 1907-1908, quando foram montadas peças de Marinha na Bateria Ricardo Franco: dois canhões Armstrong de 120 mm, que haviam pertencido ao Cruzador Barroso.

BARRETO (1958) informa-nos que novos quartéis foram construídos em 1930. Pelo Decreto-Lei no. 4.027, de 16 de janeiro de 1942, a unidade que lá servia, o Sexto Grupo de Artilharia de Costa foi denominado Grupo Portocarrero, em homenagem aquele herói da Guerra da Tríplice Aliança. À época estava guarnecido com quatro canhões Armstrong de 152,4 mm, dois no Morro do Forte (margem direita do rio Paraguai) e dois no Morro da Marinha na margem oposta.

De propriedade da União, o conjunto foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a partir de 1974. Em 1983 concebeu-se a implantação do Projeto Parque Histórico-Turístico Forte de Coimbra.

As dependências do monumento sediam atualmente a 3ª Companhia de Fronteira - Forte Coimbra, subordinada à 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira do Exército brasileiro. Esta unidade recebeu, em 2002, a denominação histórica de Companhia Portocarrero.

Lendas e tradições do forte

Uma das lendas locais que cercam a fundação do forte afirma que São Tomé transitou por Fecho dos Morros em sua jornada em direção ao Peru, razão pela qual esse local era considerado sagrado e portanto não passível de ocupação militar. Uma outra lenda afirma que o Capitão Mathias teria a benção de Nossa Senhora do Carmo, comemorado em 16 de julho, sob cuja invocação o primitivo forte foi colocado. Essa data é uma das mais importantes de Forte Coimbra. Registra-se ainda uma antiga tradição, ligada a essa devoção à Senhora do Carmo, entre os oficiais do Exército brasileiro que serviam no forte: ao atingirem a patente de General, de onde quer que estivessem, de enviar-lhe uma das estrelas de ouro de suas ombreiras.

Também é importante para a região o nome do Coronel Ricardo Franco de Almeida Serra, abrigando o forte os seus restos mortais em um monumento.

Notes

  1. A name that stems from Hermenegildo Portocarrero, the Brazilian military officer who commanded the fort's garrison at the start of the Paraguayan War; the fort was never formally named thus, but the Coastal Artillery Group which garrisons it was named Portorcarrero Group in his honor.
  2. This is a translation from the original Portuguese, which reads "na ponta do morro, onde fazem um grande ângulo obtuso dois compridos estirões do Paraguai, que ficarão flanqueados pelo novo forte, o que não faria a antiga estacada."

References

Citations

  1. "DECRETO-LEI Nº 4.027, DE 16 DE JANEIRO DE 1942".
  2. Garrido 1940, p. 160. sfn error: no target: CITEREFGarrido1940 (help)
  3. Souza 1885, p. 134. sfn error: no target: CITEREFSouza1885 (help)
  4. Barreto 1958. sfn error: no target: CITEREFBarreto1958 (help)
  5. Souza 1885, p. 134-135. sfn error: no target: CITEREFSouza1885 (help)
  6. ^ SOUZA, 1885:135.
  7. Ofício do Comandante da flotilha de Mato Grosso, em Corumbá, ao Presidente da Província, em 1 de novembro de 1864.
  8. SOUZA, 1889:135.
  9. Relatório do Ministro da Guerra, Barão de Muritiba, 1870. apud GARRIDO, 1940:163.
  10. GARRIDO, 1940:163.
  11. BARRETTO, 1958:303.
  12. Op. cit., p. 302-303.

Sources

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  • CAMPESTRINI, Hildebrando; GUIMARÃES, Acyr. História de Mato Grosso do Sul. (5ª ed.). Campo Grande: Instituto Histórico e Geográfio de Mato Grosso do Sul, 2002.
  • FERRAZ, Antônio Leôncio Pereira. "Memória sobre as Fortificações de Mato Grosso". Separata da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1930.
  • GALLO, José Roberto (Arq.). Fortificações de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: 8º DR/IPHAN/FNPM/MinC Escritório Técnico/MS, mar. 1986.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • GUIMARÃES, Acyr. Mato Grosso do Sul - sua evolução histórica. Campo Grande: UCDB, 2000.
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  • MARQUES, Rubens Moraes da Costa. Trilogia do Patrimônio Histórico e Cultural Sul-Mato-Grossense. Campo Grande: UFMS, 2001.
  • MELLO, Raul Silveira de (Gen.). "Ricardo Franco de Almeida Serra na expansão e delimitação de nossas fronteiras". Revista Militar Brasileira, Rio de Janeiro, Ano L, nos. 1 e 2, v. LXXV, p. 25-28, jan.-jun. 1963.
  • MELLO, Raul Silveira de (Gen.). A História do Forte Coimbra (4 vols.). Rio de Janeiro: SMG Imprensa do Exército, 1958-1961.
  • MOURA, Carlos Francisco. O Forte de Coimbra: sentinela avançada da fronteira. Cuiabá: Edições UFMT, 1975. 128 p. il.
  • SILVA, Jovam Vilela da. A lógica portuguesa na ocupação urbana do território mato-grossense. História & Perspectivas. Uberlândia: nº 24, jan.-jun. 2001.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. "Fortificações no Brazil". RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.
  • s.a. Bicentenário do Forte Coimbra. Revista Militar Brasileira, Rio de Janeiro, Ano LXI, Número Especial, Vol. CVII, 1975.
  • "Forte de Coimbra" in Revista DaCultura, ano I, nº 2, jul-dez 2001. p. 51-56.

External links

Porto Carrero Categoria:História de Corumbá Categoria:Fundações no Brasil em 1775 Categoria:Patrimônio tombado pelo IPHAN no Mato Grosso do Sul Categoria:Guerra do Paraguai

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